quarta-feira, 24 de abril de 2013

Disparate 1


Prefeito de Muriaé tem salário maior do que o de BH e quase igual ao da Dilma


Publicação: 23 de abril de 2013


A falta de uma legislação capaz de normatizar o salário dos prefeitos tem permitido grande disparidade entre os subsídios recebidos pelos chefes do Executivo em várias cidades mineiras. 

Em levantamento realizado pela Tribuna de Minas, na última semana, um dos casos que chama a atenção é o salário pago pelo prefeito Aloysio Aquino (PSDB), de Muriaé. Enquanto ele recebe R$ 25.744,56 para governar uma cidade de pouco mais de cem mil habitantes, a presidente Dilma Rousseff ganha R$ 26.723,13 para comandar o país inteiro. Uma diferença de apenas R$ 978. Se comparado ao prefeito da capital mineira, Márcio Lacerda (PSB), o gestor de Muriaé ganha R$ 2.314 a mais.
Vale lembrar que Belo Horizonte possui uma população de mais de dois milhões de habitantes e um PIB superior a R$ 50 bilhões, enquanto a cidade da Zona da Mata tem cem mil habitantes e PIB de cerca de R$ 1 bilhão. O valor pago a Aloysio foi reajustado no ano passado, quando ele então ocupava o cargo de vice-prefeito. O reajuste de 20,3% foi proposto e aprovado pela Câmara através de projeto de lei, que também estabeleceu o aumento de 38% para os vereadores. Os percentuais passaram a valer a partir de 2013.
A relação entre o tamanho e a riqueza da cidade parece não nortear o que é pago aos prefeitos. Em Juiz de Fora, por exemplo, onde o PIB é de R$ 8,3 bilhões e a população de 516 mil habitantes, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) recebe R$ 20.042,35. Já em Uberlândia, com PIB duas vezes maior (18,3 bilhões) e população superior (604.013), o prefeito Gilmar Machado (PT) ganha praticamente o mesmo salário. O último reajuste do vencimento do prefeito de Juiz de Fora foi autorizado em janeiro de 2012, pela Lei 12.462. O aumento, de 16%, foi sancionado pelo então prefeito Custódio Mattos (PSDB) e passou a vigorar em janeiro deste ano.

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